No lugar de revistas e jornais: camisetas de todos os tipos e cores. A venda a granel, uma tradição dos antigos armazéns, chama atenção dos consumidores de um shopping center. O colorido e o aroma lembram uma feira livre, mas a loja vende sabonetes.
A idéia é dos empresários Elson Reis e José Giffoni. Eles pensaram num jeito criativo de vender os produtos. Como nas feiras, o cliente pega, escolhe e experimenta o item que desejar. A pia no fundo da loja fica à disposição para que os consumidores testem os sabonetes.
“Você pode provar o produto, sentir a textura, sentir o perfume, a maciez. Você já está comprando um produto certo”, elogia a cliente Denise Calfa.
PRATICIDADE NA VENDA
Já em uma outra empresa, provar é o que menos importa. A banca de revistas vende…camisetas! Para quem vai ao local, o fundamental é a praticidade.
“É bom porque você consegue visualizar as cores, as estampas e os tamanhos. A pessoa não precisa ficar indo para o estoque e acho prático”, opina Flávia Laffer.
Também é prático e econômico para os empresários Victor, Débora e Suzana. Graças ao sistema de estantes de banca, uma camiseta atrás da outra, os empresários não precisam nem de espaço para estoque. Em doze metros quadrados, eles exibem 1.500 camisetas.
“O espaço da banca é menor do que uma loja comum. Nesse sentido, ela é bem mais econômica no final do mês. Eu economizo em tudo: no metro quadrado da limpeza, no aluguel e nos vendedores”, conta Suzana Jeha.
Segundo os empresários, o perfil dos clientes é tão variado quanto das bancas de jornal.
“Você entra numa banca de jornal e tem a revista de carro, de música, o que você quiser.
Balas e chicletes a granel. Uma fórmula que lembra os velhos mercadões. Foi esta a maneira que a empresária Rosa Pozzi encontrou para chamar a atenção da loja, dos produtos e ainda economizar.
“Se eu não tivesse adotado esse sistema do pessoal se servindo, com certeza eu teria, pelo menos, seis funcionários, ao invés dos quatro atuais”, diz Rosa.
A estratégia da empresária é deixar o cliente à vontade. Em vez dos antigos cestos e sacas, são 125 potes de acrílicos de doces! Na loja, segue-se à risca a velha expressão: comer com os olhos. Quem passa pelo local se sente atraído por robô pendurado no teto, pirulitos gigantes e cores, muitas cores. яндекс
Espelhos por toda parte multiplicam o jogo de sedução. E para que todos os bolsos entrem nessa conquista, a idéia é que o cliente compre o quanto quiser: até uma bala no saquinho.
